Você já deve ter ouvido que polipropileno faz mal à saúde. É preciso que tomemos muito cuidado quando nos deparamos com esse tipo de afirmação. Vivemos uma época em que a internet se tornou poderoso canal de disseminação de todo tipo de conteúdo, daqueles com alto valor técnico ou científico aqueles que levam desinformação e até colocam em risco a integridade das pessoas.
Felizmente, quem diz que o polipropileno faz mal à saúde não coloca, pelo menos de forma direta, a saúde das pessoas em risco. Da mesma forma, é muito provável que tal boato não ganhe muita atenção e as pessoas continuem consumindo o polipropileno. Um caso típico são os potes para conserva de alimentos na geladeira e para aquecê-los em fornos micro-ondas.
Não se assuste, porque o polipropileno é o plástico mais adequado para esse tipo de uso, por causa de sua estabilidade térmica e excelente resistência a temperaturas extremas. Sem falar no baixo custo desse material e no fato de ser o mesmo 100% reciclável, característica indispensável em dias em que começamos a temer que o plástico despejado na natureza possa ser o ocaso da vida no planeta.
Por que a afirmação de que o polipropileno faz mal à saúde não procede?
A afirmação de que o polipropileno faz mal à saúde é improcedente e baseia-se, muito provavelmente, em um elemento que não está presente em sua composição.
Trata-se do BPA, bisfenol A, um composto sintético encontrado em alguns grupos de plásticos, que tem sido relacionado a diversas patologias. Entre as matérias-primas em que esse elemento químico está presente estão os plásticos policarbonatos e as resinas epóxi.
O BPA está, portanto, presente em nossa vida, em nosso dia a dia, seja em computadores e eletrodomésticos, seja em brinquedos, já tendo sido excluído das mamadeiras, das quais foi matéria-prima até o início da década passada.
Quando presente em embalagens para alimentos, o BPA pode facilmente ser transferido para os mesmos, chegando ao organismo de quem os consome. Razão pela qual há estudos que afirmam que 90% das pessoas tenham o BPA no corpo.
A questão é que o BPA não está presente na composição do polipropileno. Como acontece com a maior parte dos plásticos, a única ameaça que o polipropileno representa, de fato, é ser descartado no meio ambiente, onde se torna um agente destruidor poderoso, principalmente dos biomas aquáticos.
Aplicações do polipropileno
Portanto, sempre que você encontrar um produto com símbolo do polipropileno, pode usá-lo sem susto.
Alguns desses produtos são: seringas de injeção, tampas de refrigerantes, embalagens flexíveis, brinquedos, cadeiras plásticas, eletrodomésticos, copos plásticos, sacos para grãos e autopeças, entre muitos outros.
Trata-se de uma resina de baixa densidade, que tem como principais atributos, além do baixo custo, de ser 100% reciclável e de não fazer mal à saúde:
- resistência química;
- ser fácil de colorir;
- fácil de moldar;
- estabilidade térmica;
- ser atóxico;
- absorver pouca umidade;
- resistência à flexão.
Esperamos que o conteúdo tenha sido esclarecedor. Para aprofundá-lo, sugerimos que você assista ao vídeo abaixo.
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